FRAMES E ARGUMENTAÇÃO: ANALISANDO O DISCURSO PRESIDENCIAL DE MICHEL TEMER PÓS-IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF
Resumen
Levando-se em conta o postulado de Marcuschi (2008, p.40), para quem o desafio cognitivo corresponde a uma das “perplexidades da linguística contemporânea, uma vez que se trata de uma determinação tanto interna quanto externa da língua”, consideramos importante a criação de interfaces entre estudos cognitivos e os da Linguística de Texto, de maneira a se desenvolverem análises linguísticas sistematizadas, especialmente para se compreender os mecanismos argumentativos acionados nos discursos políticos. Assim é que propomos uma discussão teórica na qual procedemos ao diálogo entre os estudos do texto e do discurso (MARCUSCHI, 2007; KOCH, 2014) e os da cognição, em especial, das noções sobre frame (LAKOFF, 2004; FILLMORE E BAKER, 2009; DUQUE, 2015), com a atenção voltada para sua participação na argumentação. Observamos as seleções verbais iniciadas pelo prefixo re- – retomar, recolocar, revitalizar e reconciliar – no discurso escrito de Michel Temer, pronunciado após o Senado ter aprovado o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Os resultados indicam que essas formulações linguísticas, junto a outros procedimentos com os quais interagem, atuam como promotoras de ativação e de criação de perspectiva do frame GOVERNO FEDERAL DO BRASIL, ligando-se à argumentação do discurso, principalmente no que diz respeito ao logos.
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