COERÊNCIA REFERENCIAL E ORDEM ORACIONAL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/cl.v14i28.30855

Palabras clave:

Coerência referencial, Ordem oracional, Cláusulas Hipotáticas Temporais, Funcionalismo norte-americano

Resumen

Tomando por base o fenômeno da coerência referencial tal como entendido por Givón (1995; 2001b), analisamos suas consequências sintáticas na combinação de cláusulas. Com apoio em teorias funcionalistas que defendem a articulação de cláusulas em termos de gradiência (HAIMAN; THOMPSON, 1984; HOPPER; TRAUGOTT, 2003; GIVÓN, 2001b), descrevemos e analisamos 596 Cláusulas Hipotáticas Temporais do Corpus Sociolingüístico de la Ciudad de México (CSCM) e testamos a hipótese de Givón (1995; 2001b) sobre continuidade referencial em cláusulas mais integradas às que se articulam, observando a posição (anteposta, intercalada, posposta), seu tipo (desenvolvida, reduzida) e seus sujeitos (correferenciais ou não aos de suas nucleares). Nossos resultados mostram a atuação do princípio de marcação e sua dependência ao contexto (GIVÓN, 1995; 2001a) e do princípio de expressividade (DUBOIS; VOTRE, 2012), principalmente no uso de cláusulas intercaladas, formas menos marcadas nesse contexto, por expressarem maior coerência referencial do que as antepostas e pospostas. Concluímos que a combinação de orações serve a propósitos discursivos, mobilizando a coerência referencial no discurso, cujos meios sintáticos são expressos em cláusulas mais integradas à sua nuclear.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Sávio André de Souza Cavalcante, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

Doutor e mestre em Linguística Universidade Federal do Ceará (UFC); graduado em Letras - Português/Espanhol pela mesma instituição. É professor de Língua Espanhola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e professor tutor do Instituto UFC Virtual / Universidade Aberta do Brasil, nos cursos de graduação Letras - Português e Letras - Espanhol, na modalidade a distância.

Márluce Coan, UFC

Doutora e mestra em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); graduada em Letras pela mesma instituição. É professora do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará (UFC). Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq, nível 2.

Citas

ANDERSEN, H. Markedness and the theory of linguistic change. ANDERSEN, H. (Ed.). Actualization (Current Issues in Linguistic Theory 219) 21–57. Amsterdam–Philadelphia: Benjamins, 2001. p. 21-57.

BAKHTIN, M. Questões de estilística no ensino da língua. Tradução, posfácio e notas de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34, 2013.

CAVALCANTE, S. A. de S. Análise sociofuncionalista da ordenação de cláusulas hipotáticas adverbiais temporais no Espanhol mexicano oral. 2015. 182 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/12620?mode=full. Acesso em: 10 mai. 2020.

CAVALCANTE, S. A. de S. Análise das Orações Temporais reduzidas em Espanhol pelo viés do princípio de marcação. Cadernos de Letras da UFF, Niterói, v. 27, n. 55, p. 83-107, 2017. Disponível em: http://www.cadernosdeletras.uff.br/index.php/cadernosdeletras/article/view/504. Acesso em: 10 mai. 2020.

CAVALCANTE, S. A. de S. Efeitos prototípicos da intercalação de Cláusulas Hipotáticas Circunstanciais Temporais no Espanhol mexicano oral. 2020. Tese (Doutorado em Linguística) – Centro de Humanidades, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal Ceará, Fortaleza, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/51477. Acesso em: 10 mai. 2020.

DECAT, M. B. N. A articulação hipotática adverbial no português em uso. In: DECAT, M. B. N.; SARAIVA, M. E. F.; BITTENCOURT, V. O.; LIBERATO, Y. G. (Orgs.). Aspectos da gramática do português: uma abordagem funcionalista. 1. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2001. p. 103-166.

DU BOIS, J. W. The discourse basis of ergativity. Language, Baltimore, v. 63, p. 805-855, 1987.

DUBOIS, S.; VOTRE, S. J. Análise modular e princípios subjacentes do funcionalismo linguístico. In: VOTRE, S. J. (Org.). A construção da gramática. Niterói: Editora da UFF, 2012. p. 49-71.

FORD, C. Overlapping relations in text structure. In: ANNUAL MEETING OF THE PACIFIC LINGUISTICS CONFERENCE, 2., 1986, Oregon. Proceedings... DELANCEY, S.; TOMLIN, R. S. (Eds.). Oregon: University of Oregon, Dept. of Linguistics, 1987.

FURTADO DA CUNHA, M. A.; COSTA, M. A.; CEZARIO, M. M. Pressupostos teóricos fundamentais. In: FURTADO DA CUNHA, M. A.; OLIVEIRA, M. Rios de; MARTELOTTA, M. E. (Orgs.). Linguística funcional: teoria e prática. Rio de Janeiro: Faperj/DP&A, 2003. p. 29-55.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.

GIVÓN, T. Functionalism and grammar. Philadelphia: J. Benjamins, 1995.

GIVÓN, T. Syntax: An Introduction – Volume I. Amsterdam: J. Benjamins, 2001a.

GIVÓN, T. Syntax: An Introduction – Volume II. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2001b.

GUY, G. R.; ZILLES, A. Sociolinguística Quantitativa: instrumental de análise. São Paulo: Parábola, 2007.

HAIMAN, J.; THOMPSON, S. A. Subordination in universal grammar. In: ANNUAL MEETING OF BERKELEY LINGUISTICS SOCIETY, 10, 1984, Berkeley. Proceedings... Berkeley: Berkeley Linguistics Society, 1984.

HALLIDAY, M. A. K. An introduction to funcional grammar. 3. ed. Revised by Christian M. I. M. Matthiessen. London: Hodder Education, 2004[1985].

HOPPER, P.; TRAUGOTT, E. C. Grammaticalization. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

KOCH, I. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. 18. ed. São Paulo: Contexto, 2015.

LEHMANN, C. Towards a typology of clause linkage. In: HAIMAN, J.; THOMPSON, S. A. Clause combining in grammar and discourse. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 1988. p. 181-225.

MACAMBIRA, J. R. A estrutura da oração reduzida. Fortaleza: Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará, 1971.

MANJÓN-CABEZA CRUZ, A.; POSE FUREST, F.; SÁNCHEZ GARCÍA, F. J. Factores determinantes en la expresión del sujeto pronominal en el corpus PRESEEA de Granada. Boletín de Filología, Tomo LI, n. 2, p. 181-207, 2016. Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0718-93032016000200007&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 10 mai. 2020.

OLIVARES PARDO, M. A. El tiempo y los tiempos en las subordinadas temporales. Estudio de casos. In: FIGUEROLA CABROL, M. C.; PARRA, M.; SOLÀ, P. (Eds.). La lingüística francesa en el nuevo milenio. Lleida: Editorial Milenio, 2002. p. 541-550.

PILAR GARCÉS, María. La oración compuesta en español, estructuras y nexos. Madrid: Verbum, 1994.

RICHARDSON, R. J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. 14. reimpr. São Paulo: Atlas, 2012.

SARDINHA, T. B. Linguística de Corpus. Barueri, SP: Manole, 2004.

SILVA-CORVALÁN, C. Otra mirada a la expresión del sujeto como variable sintáctica. In: MORENO FERNÁNDEZ, F. et al. Lengua, variación y contexto. Estudios dedicados a Humberto López Morales – v. II. Madrid: Arco/Libros, 2003. p. 849-860. Disponível em: http://smjegupr.net/wp-content/uploads/2012/08/Otra-mirada-a-la-expresion-del-sujeto-como-variable-sint%C3%A1ctica.pdf. Acesso em: 10 mai. 2020.

SOUZA, M. S. C. de. O papel discursivo e coesivo das orações temporais. In: NEVES, M. H. de M. (Org.). Descrição do Português: definindo rumos de pesquisa. São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2001. p. 67-78.

Publicado

14-10-2020