Percepção e avaliação de orações relativas
um estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v16i34.38568Palabras clave:
percepção, avaliação, estratégias de relativização, estudo piloto.Resumen
Com o presente estudo, investigamos como falantes/leitores brasileiros percebem e avaliam diferentes estratégias de relativização na escrita. Partimos da compreensão de que a avaliação é um dos problemas que envolvem a teoria da variação e mudança linguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968) e de alguns estudos de percepção, avaliação, crenças e atitudes sobre fenômenos variáveis no português brasileiro (FREITAG, 2016; OUSHIRO, 2015a). Elaboramos um questionário com cinco frases, das quais três continham diferentes estratégias de relativização. As avaliações indicam que a relativa com cujo é mais conscientemente percebida pelos respondentes: foi a que recebeu o maior número de avaliações como bonita e associada a pessoas mais escolarizadas, por outro lado, recebeu menos avaliações relacionadas à simpatia. As avaliações das relativas copiadora e cortadora foram mais neutras e indicaram que essas variantes já estão incorporadas ao vernáculo brasileiro, a primeira, inclusive, à escrita. Por ora, concluímos que a variante cortadora e a copiadora não apresentam saliência suficiente para serem percebidas, sendo avaliadas, em geral, de forma neutra. A variante com cujo pareceu ser mais saliente, pois depende da escola para ser aprendida e é considerada bonita, associada a contextos mais formais e a pessoas mais escolarizadas.
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