Política linguística
uma análise descritivo-reflexiva sobre sentidos para língua
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v17i36.40257Palabras clave:
Política Linguística, Resolução Nº11/CONSUNI/UFFS/2018, Língua, Sentido, DiscursoResumen
Este artigo analisa sentidos para língua que emergem da Resolução Nº11/CONSUNI/UFFS/2018 (UFFS, 2018), documento que dá legitimidade às ações implementadas pela Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, cuja temática é a política linguística dessa instituição. Assim, difundimos política linguística como tema de discussão sob o ponto de vista da análise de discurso. Para tanto, elegemos três recortes discursivos, objetivando, especificamente, pensar a política linguística da UFFS no que diz respeito à função socioeducativa e normativa e compreender o discurso que sustenta os sentidos para língua emergidos do seu planejamento linguístico. Trata-se de um estudo documental teórico-interpretativo, a partir de uma perspectiva qualitativa de desenvolvimento descritivo-analítica, em que, pelo movimento pendular, teoria e análise se completam na discussão do tema proposto. Essa discussão vem tensionada pela teoria de Michel Pêcheux e pelos postulados de Eni Orlandi. O gesto de análise indica que o termo língua aparece valorizado no que diz respeito ao contexto sociocultural, quando significado nos eixos de abordagem nacional e de internacionalização, resultantes de um trabalho com a linguagem, por preluzir o histórico e o social na formação discursiva desse documento. Assim, compreendemos que os atravessamentos que perpassam o entendimento de língua significam o discurso veiculado pela Resolução analisada, direcionando as ações da Universidade.
Descargas
Citas
ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado. 3. ed. Lisboa:
Presença/Martins Fontes, 1980.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 2002 – Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Disponível em: https://www.libras.com.br/lei-10436-de-2002. Acesso em: 28 ago. 2022.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 2005. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em: 28 ago. 2022.
COSTA, I. Linguagem. In: LEANDRO-FERREIRA, M. C. (Org.). Glossário de termos do discurso. 1. ed. Campinas, SP: Pontes, 2020.
COSTA, I.; GUIMARÃES, G. T. D. Linguagem. In: LEANDRO-FERREIRA, M. C. (Org.). Glossário de termos do discurso. 1. ed. Campinas, SP: Pontes, 2020.
FINARDI, K. R.; SANTOS, J. M.; GUIMARÃES, F. F. A Relação entre Línguas Estrangeiras e o Processo de Internacionalização: Evidências da Coordenação de Letramento Internacional de uma Universidade Federal. Interfaces - Brasil/Canada, 16(1), p. 233-255, 2016.
FINARDI, K. R.; FRANÇA, C.; GUIMARÃES, F. F. Ecology of knowledges and languages in Latin American academic production. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas Em Educação, 30(116), p. 764-787.
GUIMARÃES, E. Enunciação e política de línguas no Brasil. Revista do Programa de Pós-graduação em Letras, nº27 - UFSM, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11897/7319. Acesso em: 04 dez. 2021.
GUIMARÃES, F. F.; FINARDI, K. R. Internacionalização e português como língua estrangeira (PLE): levantamento e discussão. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, SP, v. 8, n. 00, p. e022003, 2021. DOI: 10.20396/riesup.v8i00.8663449. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8663449. Acesso em: 20 mai. 2023.
JENKINS, J. Repositioning English and multilingualism in English as a lingua franca. Englishes in Practice, 2(3), 49-85, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1515/eip-2015-0003.
LAGARES, X. C. (1971). Qual política linguística?: desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo: Parábola, 2018.
MOITA LOPES, L. P. da. O português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola, 2013.
OLIVEIRA, W. M. M. de; OLIVEIRA, I. A. de. A formação de instrutores de Libras: a consolidação das políticas linguísticas na Amazônia Tocantina. Revista Educação Especial, [S. l.], v. 32, p. e97/ 1–25, 2019. DOI: 10.5902/1984686X38279. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/38279. Acesso em: 20 mai. 2023.
ORLANDI, E. Organização e ordem na língua. In: ORLANDI, Eni. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Petrópolis: Vozes, 1996.
ORLANDI, E. P. (org.). Política linguística na América Latina. Campinas, SP: Pontes, 1988.
ORLANDI, E. P. (org.). História das ideias linguísticas no Brasil: construção do saber metalinguístico e constituição da língua nacional. Campinas, SP: Pontes; Cáceres MT: Unemat, 2001.
ORLANDI, E. P. Língua e conhecimento linguístico: para uma história das ideias no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
ORLANDI, E. P. Política linguística no Brasil. São Paulo: Pontes, 2007.
ORLANDI, E. P. Discurso e texto: formulações e circulações dos sentidos. 3. ed. Campinas, SP: Pontes, 2008.
ORLANDI, E. P. Discurso em análise: sujeito, sentido e ideologia. 3. ed. Campinas, SP: Pontes, 2017.
ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 13. ed. Campinas, SP: Pontes, 2020.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi et al. 5 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014a.
PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD-69). In: GADET, Françoise; HAK, Tony. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. 5. ed. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2014b.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução Eni P. Orlandi. 7. ed. Campinas, SP: Pontes, 2015.
PETRI, V.; DIAS, C. (Org.). Análise do discurso em perspectiva: teoria, método e análise. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2013.
QUADRO COMUM EUROPEU DE REFERÊNCIA PARA AS LÍNGUAS: aprendizagem, ensino, avaliação. Edição portuguesa. Porto: Edições Asa, 2001. Disponível em: https://sciendo.com/article/10.1515/eip-2015-0003. Acesso em: 20 mai. 2023.
RAJAGOPALAN, K. Política linguística: do que é que se trata, afinal? In: NICOLAIDES, Christine Siqueira; SILVA, Kleber Aparecida da; ROCHA, Claudia Hilsdorf; TÍLIO, Rogério Casanova (orgs.). Política e políticas linguísticas. Campinas, SP: Pontes, 2013.
RIBEIRO, S. B. C.; OLIVEIRA, G. M. de. Olha, eu acho que assim, a gente fala o portunhol porque nós não sabemos o espanhol: políticas linguísticas em fronteiras multilíngues. The Especialist, 39(2), 1-16. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/riesup/article/view/8663449/26668. Acesso em: 20 mai. 2023.
SILVA, M. V. da. (Des) políticas linguísticas no Brasil: a reforma do ensino médio e a exclusão do ensino de língua espanhola na educação básica. Revista Diálogos, 6(2), 2018, 233-245. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/5894/pdf. Acesso em: 20 mai. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS). RESOLUÇÃO Nº11/CONSUNI/UFFS/2018 – Aprova a política linguística da UFFS. Chapecó-SC, 2018. Disponível em: Aprova a política linguística da UFFS. Disponível em: https://www.uffs.edu.br/pastas-ocultas/bd/campus-passo-fundo/arquivos-do-campus-passo-fundo/aprova-a-politica-linguistica-da-uffs. Acesso em: 28 ago. 2022.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista (Con)Textos Linguísticos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores ceden los derechos de autor del artículo a la editorial de la Revista (Con)Textos Linguísticos (Programa de Posgrado en Lingüística de la Ufes), si el envío es aceptado para publicación. La responsabilidad por el contenido de los artículos recae exclusivamente en sus autores. Queda prohibido el envío total o parcial del texto ya publicado en la revista a cualquier otro periódico.
Este trabajo está bajo Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.