Designações para o filhote da vaca

como se dá a propagação de variantes sul-rio-grandenses e paulistas a partir dos dados do Atlas Linguístico da Rota dos Tropeiros

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/rctl.v18i39.43903

Palabras clave:

Atlas Linguístico da Rota dos Tropeiros, Propagação de variantes, Região Sul, Filhote da vaca, Geolinguística

Resumen

A não homogeneidade dos falares no Sul está atrelada a diversos fatores, dentre eles ao contato entre gaúchos e paulistas nos fluxos migratórios durante o Tropeirismo. Com o interesse de investigar a hodierna realidade linguística da rota dos tropeiros, Chofard (2023) constituiu um banco de dados do português falado no percurso que vai de Cruz Alta-RS a Sorocaba-SP, a fim de subsidiar a elaboração do Atlas Linguístico da Rota dos Tropeiros, a partir do qual este trabalho se desenvolve. Isso posto, o presente artigo configura-se como um recorte da tese de Chofard (2023), volta o olhar para a questão 55 do Questionário Semântico Lexical e busca as denominações para o filhote da vaca, objetivando: (i) proceder ao levantamento das variantes registradas para o item em questão ao longo da rota dos tropeiros; (ii) mapear a distribuição das variantes; (iii) identificar designações que podem pertencer a uma ou outra variedade linguística, sul-rio-grandense ou paulista; e (iii) averiguar como se dá a propagação dessas variantes no território analisado. Dentre as variantes registradas duas se destacaram, bezerro, enquanto variante [+SP], e terneiro, [+RS], as quais mostraram se propagar em sentidos opostos, sendo a variante paulista a que mais se difunde na área investigada.

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Biografía del autor/a

Amanda Chofard, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutora e mestra em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduada em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Teologia e Ciências (FATEC). Desenvolve investigações vinculadas ao Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) e ao corpus coletado in loco pela pesquisadora para a elaboração do Atlas Linguístico da Rota dos Tropeiros (ALRT).

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Publicado

23-08-2024