Tendência da mortalidade infantil e de seus componentes no estado do Espírito Santo de 2006 a 2016
DOI:
https://doi.org/10.21722/rbps.v22i1.21826Palavras-chave:
Mortalidade infantil, Saúde da criança, Indicadores de serviçosResumo
Introdução: A morte infantil é um evento indesejável em saúde pública, por ser, em sua maioria, evitável e, portanto, reflete as condições de vida da sociedade. Este estudo analisou a tendência temporal da mortalidade infantil e de seus componentes no Espírito Santo e regiões de saúde. Métodos: Estudo ecológico, de série temporal, da mortalidade infantil no Espírito Santo e regiões de saúde utilizando dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), no período de 2006 a 2016. Os coeficientes de mortalidade (infantil, neonatal, neonatal precoce, neonatal tardio, pós-neonatal e perinatal) foram calculados utilizando-se os óbitos de crianças por ano segundo local de residência, dividido pelos nascidos vivos do mesmo local e ano. Para avaliação da tendência temporal utilizou-se regressão linear. Resultados: A mortalidade infantil apresentou queda significativa em todas as regiões de saúde, com redução maior nas regiões Norte e Sul e menor na Metropolitana. Entretanto, a mortalidade entre o 7o e 27o dia de vida aumentou nas regiões de saúde Norte e Central. A mortalidade infantil foi a que apresentou maior redução, seguida da mortalidade perinatal, neonatal, neonatal precoce, pós-neonatal e neonatal tardia. Conclusão: Houve redução na mortalidade infantil no ES e regiões de saúde no período de 2006 a 2016, sendo maior no componente perinatal e neonatal precoce. A mortalidade neonatal tardia aumentou nas regiões Norte e Central, demonstrando necessidade de aperfeiçoamento das políticas públicas para o acompanhamento rigoroso e eficaz da criança no primeiro mês de vida.
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