Vol. 12 No. 2 (2020): As políticas de saúde mental no Brasil e no plano internacional: tendências e desafios

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Ao longo dessas duas décadas do século XXI, no plano global, observa-se o aumento das taxas de transtornos mentais quando se correlacionam os períodos de políticas de austeridade econômica com as alterações na prevalência dos transtornos de humor, como a depressão, e os relacionados ao stress, como a ansiedade.
Trata-se de um período de aprofundamento da ofensiva do capital sobre o trabalho, expressa nas mudanças dos processos de trabalho, na flexibilização dos direitos trabalhistas e no declínio dos padrões de proteção social. O impacto da austeridade sobre a saúde mental vem sendo pesquisada por diferentes autores ao redor do mundo. A saúde mental nos parece se tornar um analisador relevante desta quadra histórica, bem como requer revisitar os seus desafios particulares atuais.
Ademais, no Brasil, o fortalecimento de forças conservadoras e reacionárias e, de forma concomitante, na saúde mental, a presença de diversas resistências e de lutas antimanicomiais, antiproibicionistas, antirracistas e feministas trazem mudanças importantes na orientação das políticas de saúde mental e drogas que merecem atenção.
Nesse sentido,  a Argumentum objetiva oferecer um balanço das tendências hegemônicas e contra hegemônicas e dos desafios atuais em curso nas políticas sociais de saúde mental no plano internacional e nacional.

Published: 29-08-2020

Expediente

Editorial

  • Editorial

    Maria Lúcia Teixeira Garcia
    4-7
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.32240

Debate

  • The threat of radical neoliberalism after 2008 and our strategies for resistance

    Eduardo Mourao Vasconcelos
    8-26
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.30483
  • Resistance strategies for the Mental health movement

    Fabiola Xavier Leal
    27-35
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.31294
  • The “social” in mental health under neoliberal counter-reform

    Rita Cássia Cavalcante
    36-43
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.31658

Thematic Articles

  • A contribution to the critique of the political economy of Brazilian psychiatric counter-reforms

    Pedro Henrique Antunes da Costa, Kíssila Teixeira Mendes
    44-59
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.28943
  • Psychiatric Agencies in Brazil: Psychiatric Reform and the Psychotropic Epidemic

    Marcelo Kimati Dias, Camila Muhl
    60-74
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29114
  • The bending of Human Rights in Drugs and Mental Health Policy

    Rosiane Oliveira da Costa, Nívea Maria Santos Souto Maior, Alessandra Ximenes da Silva
    75-90
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29150
  • Mental health in times of challenges and setbacks: a review

    Marcilea Tomaz, Lara Rodrigues Caputo, Vanisse Bernardes Bedim, Marco José de Oliveira Duarte
    91-106
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29203
  • Portraits of Psychiatric Reform: approximations between Brazil and Spain

    Rafael Nicolau Carvalho, Antonia Picornell-Lucas
    107-124
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29144
  • Therapeutic Communities and the (re)emergence of asylums in Rio de Janeiro

    Rachel Gouveia Passos, Jessica Souza de Farias, Tathiana Meyre da Silva Gomes, Giulia de Castro Lopes de Araujo
    125-140
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29064
  • Characterising admissions to Mental Health beds in general hospitals

    Vanderl´éia Schinemann, Gustavo Zambenedetti
    141-164
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29165
  • Professional qualification, mental health and public social policies nowadays challenges

    Laína Jennifer Carvalho Araújo, Edna Maria Goulart Joazeiro
    165-184
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.28383
  • (De)pathologizing of life: perspectives of social workers in Recôncavo of Bahia

    Vinicius Pinheiro de Magalhães, Vera Núbia Santos
    185-201
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.28842
  • The Dilemmas Of (Re)Integration Through Occupational Mental Healthcare

    Felizardo Tchiengo Bartolomeu Costa, José Sterza Justo
    202-219
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29210
  • The social production of suicide and the “social issue” in the reality of Iguatu (CE)

    Cynthia Studart Albuquerque, Rachel Araujo de Matos
    220-237
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29219
  • Harm Reduction in the reality of the CAPS-ad in Quixadá (CE)

    Leandro Sobral de Lima; Francisco Valberdan Pinheiro Montenegro
    238-252
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29224

Temas Livres

  • Contemporary expropriations: state support for supplementary healthcare in Brazil

    Pâmela Karoline Lins Alves, Viviane Medeiros dos Santos
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.29214
  • Refractory diseases and the, “opacity of the right to health”

    Cândice Lisbôa Alves, José Renato Venâncio Resende
    270-283
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.22448
  • Social protection in the eye of hurricane: counter-reforms in Latin America

    Rodrigo Cristiano Diehl, Jussara Maria Rosa Mendes
    284-298
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.28380
  • Alienation: a key category for the analysis of oppression

    Renata Gomes da Costa, Monique Soares Vieira
    299-312
    DOI: https://doi.org/10.18315/argumentum.v12i2.21403