ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
HISTORICIDADE E CONTEMPORANEIDADE EM CHAVE CRÍTICA
Palabras clave:
Ensino de Língua Materna, Língua Portuguesa, Psicologia Histórico-Cultural, Educação básicaResumen
Este artigo retoma estudos sobre a constituição histórica da disciplina escolar Língua Portuguesa na educação brasileira. Propõe-se evidenciar que diferentes concepções de língua/linguagem, de sujeito e desenvolvimento dão origem a diferentes práticas pedagógicas. Considera que atualmente tem havido um esvaziamento da compreensão da língua/linguagem, socio-histórico-culturalmente produzida, que acarreta um apagamento da dimensão enunciativo-discursiva da linguagem. O objetivo é contribuir com a análise crítica deste processo e por isso retomam-se alguns elementos centrais, afins à defesa da educação escolar como necessária à formação omnilateral e à emancipação humana – o que perpassa a apropriação e objetivação de conhecimentos sobre a linguagem em sua complexidade. O ensaio também pretende contribuir com essa conscientização, por isso apresentam-se, sistematizam-se e atualizam-se discussões sobre a Psicologia Histórico-Cultural para o ensino-aprendizagem de língua materna na educação básica.
Descargas
Citas
ARROYO, M. Ofício de mestre: imagens e autoimagens. Petrópolis: Vozes, 2000.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina G. G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 13. ed. Tradução de M. Lahud; Y. F. Vieira. São Paulo: Hucitec, 2012.
BECALLI, F. Z.; SCHWARTZ, C. M. O ensino da leitura no Brasil e seus fundamentos teóricos e metodológicos. Revista de Educação Pública, v. 24, p. 13-32, 2015.
BECALLI, F. Z.; SCHWARTZ, C. M. Por entre os arquivos pessoais: uma história do ensino da linguagem escrita em escolas públicas (2001- 2008). Revista Brasileira de Alfabetização, v. 2, p. 187-207, 2016.
BECALLI, F. Z.; SCHWARTZ, C. M. Uma leitura acerca de vinculações entre o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA) e reformas político-educacionais desencadeadas no Brasil a partir da década de 1990. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 12, p. 243-266, 2011.
BOSSA, N. Fracasso escolar: um olhar psicopedagógico. São Paulo: Artmed, 2002.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: Ministério da Educação; Conselho Nacional de Secretários de Educação; União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, 2018.
CHAUÍ, M. A ideologia da competência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo; Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
DALVI, M. A. Educação linguístico-literária: contribuições – concepções de aprendizagem. In: LUQUETTI, E. C. F.; MOURA, S. A. (Orgs.). Linguística em perspectiva: cognição e ensino de língua e literatura. Campos dos Goytacazes: Brasil Multicultural, 2017. p. 170-185.
DALVI, M. A. Ensino de Literatura: algumas contribuições. In: UYENO, E. Y.; PUZZO, M. B.; RENDA, V. L. B. S. (Orgs.). Linguística Aplicada, Linguística e Literatura: intersecções profícuas. Campinas: Pontes, 2012. p. 15-43.
DIAS, R. E. A recontextualização do conceito de competências no currículo da formação de professores no Brasil. Revista Teias, Rio de Janeiro, a. 5, n. 9-10, jan./dez. 2004.
DUARTE, N. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-crítica da formação do indivíduo. Campinas: Autores Associados, 1996.
DUARTE, N. Educação escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vigotski. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2007.
FONTANA, R.; CRUZ, M. N. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.
GENTILI, P.; SILVA, T. T. (Orgs.). Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões críticas. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
GONTIJO, C. M. M.; SCHWARTZ, C. M. Considerações sobre o ensino da leitura e a aprendizagem da escrita. Revista Brasileira de Alfabetização, v. 1, p. 39-58, 2015.
MARZOLA, N. M. Reprodução e contradição: escola e classes populares. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 43-46, 1986.
MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.
PATTO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
PESSANHA, E. C.; DANIEL, M. E. B.; MENEGAZZO, M. A. A história da disciplina Língua Portuguesa no Brasil através dos manuais didáticos (1870-1950). Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 8, n. 1/2, 2003/2004.
PIETRI, E. Sobre a constituição da disciplina curricular de Língua Portuguesa. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 43, p.70-83, 2010.
RAMOS, M. N. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação?. São Paulo: Cortez, 2011.
RAZZINI, M. P. G. História da disciplina Português na escola secundária brasileira. Revista Tempos e Espaços da Educação, v. 3, n. 4, p. 43-58, 2010.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 8. ed. Campinas, SP: Autores associados, 1985.
SAVIANI, D. Sobre a natureza e especificidade da educação. Revista Germinal: marxismo e educação em debate, Salvador, v. 7, n. 1, p. 286-293, jun. 2015.
SAVIANI, D. Teorias pedagógicas contra-hegemônicas no Brasil. Revista Ideação do Centro de Educação e Letras, Foz do Iguaçu, v. 10, n. 2, p. 11-28, jul./dez. 2008.
SOARES, M. Concepções de linguagem e o ensino da Língua Portuguesa. In: BASTOS, N. B. (Org.). Língua Portuguesa: história, perspectiva, ensino. São Paulo: EDUC, 1998. [s. p.].
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Archivos adicionales
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Revista (Con)Textos Linguísticos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores ceden los derechos de autor del artículo a la editorial de la Revista (Con)Textos Linguísticos (Programa de Posgrado en Lingüística de la Ufes), si el envío es aceptado para publicación. La responsabilidad por el contenido de los artículos recae exclusivamente en sus autores. Queda prohibido el envío total o parcial del texto ya publicado en la revista a cualquier otro periódico.
Este trabajo está bajo Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.