Autoetnografia e formação docente
história e identificações
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v16i35.39011Palabras clave:
Autoetnografia, Formação de professores, IdentificaçõesResumen
Este artigo tem como objetivo contribuir para estudos acerca da formação docente para a educação linguística no âmbito da Linguística Aplicada, ao viabilizar discussões que apontam a autoetnografia como uma possibilidade epistemológica que leva em consideração as recentes transformações sociais e possibilita transformações outras. Nesse intuito, relacionamos conceitos referentes à autoetnografia e à formação docente e argumentamos que a autoetnografia pode contribuir para que professores assumam identificações que os considerem sujeitos críticos e produtores de conhecimentos. Em uma perspectiva autoetnográfica, resgatamos nosso encontro com a autoetnografia para demonstrar como esse contato tem contribuído para assumirmos novas identificações como agentes produtoras de conhecimento. As discussões aqui apresentadas são fruto das pesquisas de doutorado de duas professoras: uma de Língua Portuguesa e outra de Língua Inglesa, que desenvolveram estudos tendo a autoetnografia como viés teórico-metodológico. Este estudo destaca o potencial da autoetnografia ao configurar-se alternativa viável para amparar o fazer investigativo acerca da formação docente em Linguística Aplicada.
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