O uso de enxaguante bucal na prática odontológica como protocolo de atendimento durante a pandemia da Covid-19: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v24i1.36004Palavras-chave:
COVID-19, Coronavírus, Prevenção de doençasResumo
Introdução: A pandemia pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) ocasionou uma grave situação de saúde pública, tendo em vista a transmissibilidade viral altamente infectocontagiosa, o que levou à urgente necessidade de desenvolvimento de medidas preventivas específicas, como o uso de enxaguantes bucais. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa da literatura com a finalidade de averiguar se há eficácia da utilização de enxaguantes bucais na prevenção da Covid-19. Métodos: Realizar uma revisão integrativa da literatura através da seguinte pergunta norteadora: “Os enxaguantes bucais são eficazes na prevenção da Covid-19?”; com seleção de artigos através da base de dado U.S. National Library of Medicine (NLM/PubMed) e uso de “MeSHterms”, sendo estes: “Mouthwashes” e “Covid-19”, além disso, houve a utilização do conector Booleano AND. Resultados: Após análise dos 134 (centro e trinta e quatro) trabalhos na íntegra, 6 (seis) artigos encontravam-se duplicados nas estratégias de busca, totalizando, assim, 19 (dezenove) trabalhos selecionados após aplicação dos critérios de elegibilidade. Apesar da reduzida quantidade de artigos científicos que afirmam a eficácia dos enxaguantes bucais, 10 dos 19 estudos (52,6%) apresentaram dados científicos sobre algumas substâncias que podem ter ação antiviral. Conclusão: Pode-se depreender que a iodopovidona é a substância presente nos enxaguantes bucais que mais apresentou redução da carga viral do novo Coronavírus. Portanto, a formulação de novas pesquisas clínico-laboratoriais é essencial para que se possa determinar valores estatísticos com uma amostra maior de indivíduos.
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