O 'crimen maiestatis' entre os séculos I a.C. e I d.C.: pontos comparativos
DOI:
https://doi.org/10.29327/2345891.19.19-7Palavras-chave:
República Tardia, Principado Romano, Crimen maiestatis, Representações literáriasResumo
Este artigo tem o objetivo central de analisar o aumento da incidência e representatividade em âmbito literário das narrativas sobre os julgamentos envolvendo acusações do crimen maiestatis populi romani imminutae entre os séculos I a.C e I d.C. A questão principal, que norteará o texto será: por que esse crime passa a ser representado pelas fontes que escreveram sobre o período Júlio-Claudiano com grande frequência, sendo o favorito dos delatores, quando, menos de um século antes, ele fora descrito por Cícero como uma ação complicada (Cic. Clue. 116, 6-7) e pouco abordada pelos manuais jurídicos (Cic. De Or. 2. 201, 2)? Para tentar responder essa pergunta um amplo repertório de fontes literárias será estudado. A análise dessa documentação visa mostrar como todo um conjunto de elementos políticos, retóricos e técnico-legais podem ter impactado na centralidade que os processos de maiestas adquirem nas narrativas sobre a dinastia Julio-Claudiana.
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