O bandeirante no livro didático
entre diversas narrativas (1997-2015)
DOI:
https://doi.org/10.47456/e-202233303Palavras-chave:
Livro didático, bandeirante, memória históricaResumo
O objetivo deste texto se constitui em, através da temática bandeirante, analisar quais são os elementos narrativos que constituem a literatura didática. A partir dos conceitos de Representação de Roger Chartier, Memória Histórica de Jacques Le Goff e Discurso de Mikhail Bakhtin analisamos a narrativa bandeirante em seis coleções didáticas avaliadas pelo PNLD. Concluímos que estão presentes no livro diversas narrativas sobre o bandeirante, uma ligada a memória histórica mítica e outra voltada a análise historiográfica atual. Estas duas perspectivas além de diferirem entre si, também se contrapõem na narrativa didática.
Downloads
Referências
Referências
AZEVEDO, G. C.; SERIACOPI, R. Coleção Projeto Teláris. São Paulo: Ática. 2012.
BRASIL. Guia de livros didáticos: PNLD 2002 – História. Brasília: Ministério da Educação e do desporto, 2010.
BRASIL. Guia de livros didáticos: PNLD 2014 – História. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2013.
BRASIL. Guia de livros didáticos: PNLD 2017 – História. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação, 2016.
FERREIRA, J. R. M. Coleção História. São Paulo: FTD, 1997.
MOCELLIN, R. Coleção Para Compreender a história. São Paulo: Editora do Brasil, 1997.
PELLEGRINI, M. C.; DIAS, A. M.; GRINBERG, K. Coleção Vontade de Saber. 3 ed. São Paulo: FTD, 2015.
RIBEIRO, V. M.; ANASTASIA, C. M. J. Coleção Piatã. Curitiba: Positivo, 2015.
SCHMIDT, M. F. Coleção Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999.
Obras Gerais
ABUD, K. A. O sangue intimorato e as nobilíssimas tradições. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1985.
ABUD, K. A. A História nossa de cada dia: saber escolar e saber acadêmico na sala de aula. In: Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X, Faperj, p. 107-117, 2007.
BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12ª ed. São Paulo: HUCITEC. 2006.
CAIMI, F. E. A História na Base Nacional Comum Curricular: pluralismo de ideias ou guerra de narrativas?. Revista do Lhiste-Laboratório de Ensino de História e Educação, v. 3, n. 4, 2016.
CAIMI, F. E. O livro didático de história e suas imperfeições: repercussões do PNLD após 20 anos. In: ROCHA, H.; REZNIK, L.; MAGALHÃES, M. (orgs.). Livros Didáticos De História - Entre Políticas e Narrativas. 1ed. Rio de Janeiro: FGV Editora: 2017, p. 33-54.
CAMPOS, C. M. Os rumos da cidade: urbanismo e modernização. São Paulo: Senac. 2002.
CHARTIER, R. A História Cultural ⎯ entre práticas e representações, Lisboa: DIFEL, 1990.
FERREIRA, A. C. A epopeia bandeirante: letrados, instituições, invenção histórica (1870-1940). São Paulo: Editora UNESP, 2002 DOI: https://doi.org/10.7476/9788539303038
FERRETTI, D. J. Z. A construção da paulistanidade. Identidade, historiografia e política em São Paulo (1856-1930). Tese (Doutorado em história social) – Departamento de história, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004.
HÖFLING, E. Notas para discussão quanto à implementação de programas de governo: Em foco o Programa Nacional do Livro Didático. Educação e Sociedade, Campinas, v. 21, n.70, p. 159-170, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302000000100009
HOLANDA, S. B. O extremo Oeste. São Paulo: Brasiliense/Secretaria de Estado da Cultura, 1986.
HOMEM, N. H. O Palacete Paulistano. São Paulo: Martins Fontes. 1966.
LAVILLE, C. A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 19, nº 38, p. 125-138. 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-01881999000200006
LE GOFF, J. História e Memória. Trad. Irene Ferreira, Bernardo Leitão e Suzana Ferreira Borges. Campinas, SP: UNICAMP. 1996.
LOVE, J. A Locomotiva: São Paulo na federação brasileira 1889-1937. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1982.
MIRANDA, S. R.; DE LUCA, T. R. O livro didático de história hoje: um panorama a partir do PNLD. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 24, nº 48, 2004, p. 126. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-01882004000200006
MONTEIRO, J. M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
PACHECO, M. Palmilhando o Brasil Colonial: A motricidade de bandeirantes, índios e jesuítas no século XVII. Dissertação (Mestrado em história) – Programa de Pós-graduação em História, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Dourado, 2002.
ROCHA, H. A narrativa histórica nos livros didáticos, entre a unidade e a dispersão. Territórios e Fronteiras (Online), v. 6, p. 53-66, 2013. DOI: https://doi.org/10.22228/rt-f.v6i0.245
SILVA, M. A. A fetichização do livro didático no Brasil. Educação & Realidade, v.37, n.3, p.803-821, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S2175-62362012000300006
SOUZA, R. L. A mitologia bandeirante: construções e sentidos. Revista História Social, Campinas: Unicamp, v. 1 n.º 13, p. 151-171, 2007.
WALDMAN, T. C. A presença bandeirante na São Paulo dos anos 1920. REUNIÃO DE ANTROPOLOGIA DO MERCOSUL, XI, 2015, Montevideu. Anais da XI Reunião de Antropologia do Mercosul. Montevideu: Universidad de la Republica, 2015.
WALDMAN, T. C. Entre batismos e degolas: (des)caminhos bandeirantes em São Paulo. Tese (Doutorado em Antropologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Ágora
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Revista Ágora (Vitória) © 2005 by Universidade Federal do Espírito Santo is licensed under Attribution-ShareAlike 4.0 International