v. 13 n. 1 (2021): Os impactos da pandemia COVID-19 sobre as políticas sociais
O avanço da pandemia COVID 19, em todo o mundo, amplia as consequências da prolongada crise capitalista iniciada em 2008 sobre as parcelas mais vulneráveis da classe trabalhadora (os trabalhadores informais, com menor escolarização e baixa remuneração), na medida em que o enfrentamento à pandemia provocou uma queda no consumo e nas atividades econômicas. As consequências mais imediatas foram o aumento do desemprego e da precarização do trabalho, aumentando o número de pessoas em situação de pobreza e miséria, além do aumento das dificuldades no funcionamento dos sistemas públicos de previdência social, saúde, assistência social e educação. A questão que se coloca neste contexto refere-se a como os Estados tem respondido e responderão, no mundo inteiro, a este aumento, quais medidas e políticas sociais serão acionadas e como funcionarão, colocando para os estudiosos o desafio de compreender tais respostas em um contexto de recessão prolongada e no qual a destruição das intervenções sociais do Estado constitui a tendência dominante.